No dicionário, a palavra igreja, um substantivo feminino, significa uma comunidade composta por cristãos, que forma um corpo social organizado, instituído por Jesus Cristo ou ainda o local da pregação dos ensinamentos de Cristo, obedecendo princípios da ética cristã.
Hoje, juntamente com questão espiritual, a igreja tem uma função social muito grande, muito além do que a definição do dicionário e como dissemos nesse artigo Metas para a Igreja Crescer a igreja é um organismo vivo que interage de maneira muito tênue com a comunidade que a cerca.
O papel central do trabalho da igreja é a disseminação do evangelho, levar a “Boa Nova” para os mais distantes rincões do nosso país, claro, quando falamos da igreja no Brasil, mas o ensinamento do Mestre é em todo o mundo e para toda criatura (Marcos 16:15).
Nós temos que crer que Deus tem um plano de transformação para a nossa nação e crer mais ainda, fincando firmemente os pés no chão, que esse plano, embora tenha firmes propósitos o plano espiritual, não será executado pelos anjos ou por seres do mundo espiritual, nós cristãos em conjunto com a igreja de Cristo é que devemos tomar essa iniciativa e trabalhar para que ele aconteça.
Para traçar um paradoxo, a Bíblia Sagrada nos ensina que o Reino de Deus não é comida, nem bebida, mas é composto pela justiça plena de Deus, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17), em suma é isso que o homem deve procurar implantar aqui terra para refletir os valores do Reino de Deus enquanto aqui vivemos.
De cara já nos deparamos com uma grande barreira, o Brasil é um país com expressiva desigualdade social, a pobreza e a miséria assola nossa gente, a educação, embora gratuita e universal ainda não atinge a todos, a corrupção, a criminalidade e a falta de segurança são uma constante na vida do povo, resumindo, falta alegria, paz e justiça para a grande maioria, isso não reflete o Reino de Deus.
É sob essa ótica que podemos começar, veja bem, começar a enxergar os papéis da igreja na sociedade, mormente, aqui em rincões tupiniquins diante das dificuldades que elencamos no parágrafo anterior, que pela própria natureza, afastam as pessoas daquilo que a Bíblia denomina como o Reino de Deus.
O pastor e teólogo alemão C. F. W. Walther nos deixou um legado que vai atender a infinitas gerações de pastores, uma de suas lições nos diz:
“A tarefa de toda Igreja Cristã que usa esse nome corretamente é oferecer o conforto eterno”, complementando em suas narrativas que a igreja, através do anúncio da boa nova, deveria despertar no cristão a esperança da vida eterna.
As Tarefas da Igreja
Falamos sobre todos esses assuntos para mostrar que a igreja tem muito a fazer, precisa ensinar pregando o evangelho, trazer as almas perdidas no mundo para ouvir o evangelho, batizar aqueles que dizem sim a salvação e dar o alimento espiritual a todos aqueles que dele necessitam.
Aqui entramos no assunto principal do nosso texto, como a igreja tem muitas tarefas, precisamos de muitas pessoas para nos auxiliar a cumprir essas demandas.
Como estamos fazendo para Deus, temos que dar o melhor de cada um de nós, assim nos deparamos com um assunto extremamente técnico, gerenciar pessoas, processos e departamentos para extrair a melhor performance de cada um.
Quando falamos em gestão de pessoas, salvo raras exceções, o indivíduo deve ser especializado naquilo que faz, não falamos em especialização acadêmica, se tiver melhor, mas falamos em experiência, em afinidade com o seu trabalho, em suma, fazer “o melhor para Deus”, devemos evitar o “faz tudo”, assim criamos departamentos e ministérios.
Como estabelecido no nosso Código Civil, a igreja, sendo uma organização religiosa, é uma pessoa jurídica de direito privado e como tal, no âmbito jurídico, tem algumas obrigações legais, conforme o seu estatuto, de constituir alguns órgãos da sua administração, no mínimo a Assembleia Geral, a Secretaria e a Tesouraria.
Ocorre que no decorrer dos trabalhos e conforme a igreja cresce, a sua administração se vê diante da necessidade de criar órgãos, que pode ser na esfera espiritual ou na esfera administrativa para auxiliar nas diversas demandas da instituição e dos seus membros.
Cada igreja tem a sua particularidade, é importante saber que não existe um modelo único e como dissemos aqui nesse artigo Porque Minha Igreja Precisa de Gestão Financeira as pessoas que administram a igreja transferem a ela sua forma de administrar, tanto nas questões culturais quanto organizacionais.
Departamentos e Ministérios
Quando a igreja tem que tratar um assunto relativo a questão espiritual, aconselhamento, pregação da palavra, integrar as pessoas ao evangelho, entre outras, deve criar um ministério.
Já quando é para tratar de questões administrativas ou organizacionais, como por exemplo cuidar do patrimônio, tratar da assistência social, organizar eventos, entre outros, deve criar um departamento específico.
Quais Departamentos ou Ministérios Criar
Como ressaltamos um pouco acima, cada igreja tem sua particularidade, cada qual adota uma linha de evangelização, então ela deve criar os departamentos que PRECISAR, conforme forem surgindo as necessidades.
Veja um exemplo bem peculiar, se a igreja tem o costume de fazer visitas em hospitais, asilos ou penitenciárias deve destacar pessoas que tenham habilidades para isso e criar um ministério de evangelização externa.
De outra forma, não teria sentido por exemplo, criar um Departamento de Retiro e Excursões se a igreja só faz um ou dois retiros por ano, a igreja deve gastar os seus recursos, sejam eles financeiros, humanos ou estruturais nas suas atividades cotidianas, entretanto, o dirigente deve se sentir a vontade para criar aqueles que achar necessários.
Gestão da Igreja por Departamentos
Já ouviu aquela frase “dividir para conquistar” de Júlio Cesar, pois bem, ela foi dita num ambiente de guerra.
Aqui nós a adaptamos para o ambiente da gestão, de administração, quando o gestor cria um departamento e atribui a ele uma responsabilidade, na verdade ele está transferido a esse departamento uma tarefa que antes era sua.
O Pastor Presidente deve ter a liberdade de criar os departamentos que achar necessário, entretanto, é de bom grado que ele separe os seus líderes para cada departamento e também lhes dê autonomia para agir, ele deve ditar as diretrizes mas deve deixar as ações por conta dos seus subordinados.
Uma outra questão que deve ser levada em consideração é a composição dos departamentos ou ministérios, o gestor deve deixar a cargo do líder a indicação dos membros que vão compor esses departamentos.
Devemos lembrar que pessoas com pouca afinidade podem interferir nos resultados das organizações, empatia é inerente ao ser humano, uns tem mais outros menos.
Para trabalhar e obter resultados de tudo quanto falamos acima, além de absorver os conhecimentos que destacamos é importante fazer uso de uma ferramenta administrativa que controle os membros e a sua participação nos diversos departamentos e ministérios da igreja.
O Pastor Presidente deve assumir uma postura de gestor, delegando tarefas e cobrando resultados, quando cria departamentos ou ministérios.
São essas estruturas que devem dar conta de executar as tarefas da igreja, é humanamente impossível gerir tudo isso sem uma ferramenta que agregue valor, tanto a própria igreja, quanto aos líderes e seus auxiliares.
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Fique na paz e até a próxima!