Em tempos de pandemia, as lives mudaram a rotina das igrejas, é uma adaptação para sobreviver ou para atender demanda crucial neste momento.
O ano de 2020 vai ficar na nossa memória como um dos mais difíceis, não resta dúvidas.
Aprendemos na prática o significado de palavras até então desconhecidas, isolamento social, pandemia, quarentena; e tudo para evitar a disseminação de um vírus recém descoberto.
Em meio as informações diversas da mídia, dos profissionais de saúde e dos governantes. Desta forma população se viu a mercê de uma crise sanitária de proporções muito graves.
Sendo assim, essa crise, infelizmente, serviu para dividir mais ainda a nossa gente, cada qual defendendo seu ponto de vista.
As medidas de distanciamento afastaram famílias, tiraram as pessoas dos shoppings centers, das lojas, dos calçadões, das praias e das igrejas.
E assim, lá no início do ano, no começo da pandemia, as igrejas foram obrigadas a fechar as portas com o intuito de evitar a propagação do vírus.
Um Novo Desafio
Surgiu então um desafio, como sabemos, igreja é comunidade, é contato, enfim é tudo que não poderia nesse momento de pandemia, fazer aglomerações.
E por isso, imbuídos do espírito cristão e no firme propósito de que a obra de Deus não pode parar, as igrejas partiram em busca de uma solução.
Na quarentena entra em ação uma solução utilizando os recursos de tecnologia encontrados principalmente nas redes sociais.
Por isso, começamos a transmissão de lives pelo Facebook, Instagram, YouTube, entre outros com o intuito de manter a conexão da igreja com seus membros.
Neste cenário absolutamente desconhecido de pandemia, muitas pessoas se apegam a fé como meio de enfrentar esses momentos de incertezas.
Por outro lado, é inegável que no endurecimento das regras de distanciamento social houve um aumento significativo de pessoas acompanhando os cultos online.
As Lives nas Igrejas
Artistas de vários segmentos aderiram a nova moda e continuaram em contato com seu público; desta forma, não poderia ser diferente com as igrejas e a transmissão de lives se tornou uma solução de sucesso.
E por isso então, muitas igrejas adotaram a transmissão de cultos on-line.
As igrejas, antes da pandemia, no tempo que chamávamos de normal, eram espaços de sociabilidade, de entretenimento, conhecimento e troca de experiências.
Desta forma, ali onde havia ao menos um alento de esperança, de repente, precisou fechar as portas.
O Brasil é um país tradicionalmente cristão, as pessoas enxergam na igreja um local onde são bem recebidas e acolhidas no amor cristão.
E por essa razão, nesse matiz religioso, em se tratando das evangélicas, vemos as tradicionais, as pentecostais e as neopentecostais.
Para algumas famílias, independente da visão da igreja onde congregam, as famílias nascem, se educam, casam e criam os filhos na igreja e essa ruptura abrupta deixa suas marcas.
Cada igreja é um mundo a parte, cada qual possui diferentes realidades e peculiaridades distintas. Em vista disso, não é possível arrumar uma receita única que atenda a todas, não dá para generalizar.
Por isso, novas demandas surgiram em tempos de pandemia da covid-19, a verdade é que as igrejas estão em processo de adaptação. Nesse sentido, as lives e o culto online são uma resposta para as incertezas que vivemos, um socorro a nossa espiritualidade.
É por isso que afirmamos que nesta nova realidade As Lives Mudaram a Rotina das Igrejas.
Nas buscas da ferramenta Google, segundo um pesquisador da Unicamp, o termo “culto online” no período de janeiro a abril deste ano, notadamente no mês de março, teve um aumento de 10.000%.
O Adaptação nas Igrejas
Isso mostra claramente que as igrejas precisaram se adaptar a essa nova realidade. Sendo assim, precisaram implementar uma mudança no seu dia a dia, novas formas de culto e ação pastoral, justamente para atender a demanda dessas pessoas que sentiram a falta de estarem na igreja.
Neste artigo Os desafios da tecnologia para a igreja cristã, falamos das várias e importantes transformações pelas quais passou a igreja.
Desta forma, estamos diante de outra grande virada de página para a igreja, muito se fala do “novo normal”. É novo porque não será o mesmo, e a tecnologia vai ficar arraigada na vida das igrejas.
Neste outro artigo Organizando a Liderança da Igreja com Auxílio da Tecnologia salientamos que a igreja não é o prédio que ocupa, nem o CNPJ, nem o nome que ostenta na placa. Então ela é formada por pessoas e são essas que a fazem viva.
Como dito mais acima, cada igreja vive uma realidade distinta e teve que fazer suas próprias adaptações. Desta forma, algumas gravaram vídeos e os distribuíram via WhatsApp.
Já outras contrataram plataformas e começaram transmitir reuniões virtuais, enfim foram se adaptando.
Uma Nova Realidade para os Membros
Se por um lado as igrejas precisaram se adaptar, a experiência não foi diferente para os membros. No início, houve um momento de expectativa, quando tudo parou. E continuando, depois uma nova experiência, poder visitar as igrejas virtualmente.
Uma nova realidade se descortinou para o membro, uma nova forma de se viver uma experiência religiosa, antes tão presente em suas vidas.
Ou seja, através do uso da tecnologia, agora podemos estar “virtualmente presentes” no ambiente onde nos entregamos Deus.
Alguns Cuidados que Devemos Tomar
Diante dessa nova realidade onde caímos de paraquedas é importante ressaltar que isso pode ser uma tarefa desafiadora.
Igrejas de pequeno e médio porte geralmente não contam com orçamento nem com equipes especializadas para essa produção.
Antes de tudo é importante entendermos que nem todos terão acesso a internet de qualidade. Também que nem todos poderão ter aquele celular última moda. Não deixe de ter um plano B para atender esse pessoal, vídeos curtos podem resolver.
Quando o culto tiver a transmissão de alguma música, lembre-se que ela pode ter direitos autorais, cuidado com isso. Outra dica interessante é com relação a imagem de pessoas.
Por isso, tenha o cuidado de obter autorização escrita para divulgar a imagem, principalmente se tiver menores de idade.
Se as Lives Mudaram a Rotina das Igrejas, que seja para melhor, vamos dar o máximo de cada um para fazer isso acontecer.
Finalizando
E por último, lembre-se que devemos dar o nosso melhor para Deus, não tente fazer tudo sozinho, procure o auxílio de uma equipe. Os jovens têm muita facilidade para lidar com toda essa tecnologia.
Não vá despejar na web conteúdo de má qualidade, isso pode macular a imagem da sua igreja.
Lembre-se que ao abraçar a tecnologia e inseri-la nos seus cultos, além de atender a demanda atual, você pode ajudar a expandir a sua igreja. Pode alcançar um público muito maior e adquirir uma experiência inovadora para você e sua equipe.
E não se esqueça da organização, administre a sua igreja para que ela cresça, faça gestão financeira e de membros.
Uma igreja organizada tem uma probabilidade muito maior de crescer com segurança e consistência.