Controle Online de Dízimos e Ofertas

A palavra dízimo deriva do latim “decimus”, que significa a décima parte, na verdade dízimo tem a mesma matriz do vocábulo décimo, visto que ambos descendem de “decimus”.

Entretanto, décimo, gramaticalmente falando tem a forma culta, dízimo tem a forma vulgar.

O termo dízimo apareceu no nosso idioma por volta do século XIII, entretanto, a sua prática é tão antiga que aparece na Bíblia, inclusive, no antigo testamento.

O dízimo na Bíblia era uma prática que encontramos no Velho Testamento, os judeus davam a décima parte de todos os seus rendimentos a Deus.

Comparando com a nossa realidade atual, significa dizer que para cada 100 reais que a pessoa receba, colaboraria com 10 reais, nós costumamos dizer que o cristão devolve a Deus o seu dízimo.

Como dissemos acima, essa era uma prática encontrada no Velho Testamento, mas hoje o crente também é chamado a contribuir com os dízimos, dar o dízimo é uma forma de agradecer a Deus pelas bençãos que recebemos.

No tempo do Velho Testamento, obviamente que não havia bancos ou casas lotéricas, certamente o dinheiro como conhecemos hoje era privilégio de poucos e as pessoas viviam principalmente da agricultura, a história registra que as transações eram feitas, na maioria das vezes, trocando um produto por outro.

Desta forma, naquele tempo, os dízimos eram entregues principalmente em produtos agrícolas, tais como ovelhas, farinha, azeite, mosto, mel (2 Crônicas 31:5), quando alguém não tinha como transportar os produtos para o templo, então os vendia e entregava o equivalente em dinheiro.

La no Antigo Testamento, devolver o dízimo além de ter uma função espiritual, como dissemos mais acima, de agradecer a Deus, tinha também a função de sustentar o templo, que muitas vezes precisa de reparos e o pagamento de suas próprias despesas.

O dízimo sustentava os sacerdotes e levitas, visto que eles não receberam terras de herança como os demais israelitas e se dedicavam a cuidar do templo, também tinha uma função social, uma parte dos dízimos era doada aos pobres (Deuteronômio 14:28-29), assim devolver o dízimo era uma forma de demonstrar misericórdia e criar igualdade social.

Nos dias de hoje, as igrejas são mantidas quase que exclusivamente pelos dízimos e ofertas de seus membros, é de extrema importância termos em mente que a igreja é a nossa segunda casa, é o local do nosso encontro com Deus, é onde ouvimos a Sua palavra e temos que demarcar a sua importância em nossas vidas.

O dízimo não deve ser algo imposto ao cristão, mas deve estar no seu coração como um mandamento de compromisso com Deus (Malaquias 3:10).

De outra forma, a igreja deve apresentar a melhor condição possível para receber o membro, ter acomodações limpas e receptivas e um local condizente para realizar as pregações.

Desta forma, o membro vai perceber que para se manter essa sua segunda casa, tudo passa a ter um custo, além de que ao ser membro da igreja, vai receber a Palavra de Deus para suas reflexões e ainda fazer uso de suas instalações, como banheiros, cozinha, etc, participar dos eventos, louvores, enfim usufruir da sua condição de membro e dizimista.

Em termos estruturais, a igreja dos dias atuais é bem diferente daquela dos templos citados na Bíblia, em primeiro plano em vista da própria evolução da sociedade e dos costumes.

Depois porque o próprio Cristo, em sua missão terrena, fundou uma nova igreja (Mateus 16,18) e a ela amou e por ela se entregou (Efésios 5: 25-27-32), a essência não mudou.

A igreja tem uma missão que foi deixada pelo próprio Cristo, pregar o Evangelho a toda criatura, fazer discípulos em todas as nações, batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinar o que Ele próprio ensinou (Mateus 28:19-20), esse é o grande mandamento do Cristo em relação a igreja.

E, não é uma missão simples, tampouco pequena, e Jesus sabia disso, tanto que disse aos seus discípulos:

“A seara é realmente grande e poucos os ceifeiros” (Mateus 9:37), quando se compadeceu das multidões que prostradas e desgarradas pareciam ovelhas sem pastor.

É partir daqui que passamos a entender a importância do dízimo e das ofertas para a igreja e para o dizimista, no nosso coração devemos redescobrir o verdadeiro sentido do dízimo.

De que ele não é uma invenção humana, é um mandamento bíblico e uma forma de demonstrar nossa responsabilidade com as coisas de Deus, colaborando na manutenção da igreja.

E, para finalizar sobre o dízimo, vejamos que há uma ligação íntima entre o dízimo, a igreja e a evangelização, neste artigo Metas para a Igreja Crescer afirmamos que a igreja é um organismo vivo e para disseminar a boa nova, precisa ter uma estrutura e crescer para cumprir sua importante missão, é o dízimo que vai dar sustentação a todo esse processo.

Precisamos agora, sob um outro olhar, o olhar da igreja e dos seus dirigentes, vislumbrar a importância, não mais só do dízimo, mas também do dizimista.

O dízimo é um recurso essencial para igreja, deve ser visto como a semente que lançada em terreno fértil, germina, cresce e com o tempo produz bons frutos.

Diante de tamanha importância de ambos, dízimo e dizimista, a igreja não pode encarar o dízimo apenas como uma campanha para arrecadar dinheiro, deve dar-lhe a devida importância, traçar metas de acompanhamento, estratificar seus resultados, conhecer os dizimistas e fazer um acompanhamento estratégico das entregas de dízimos e ofertas.

Com o avanço da tecnologia, hoje temos ferramentas próprias para gestão de igrejas, com controle online de dízimos tudo tem a sua importância.

Mas a equipe de dirigentes deve dispensar atenção especial aos dizimistas, eles ajudam na manutenção das despesas da igreja e são os frutos das sementes plantadas ao longo da história da igreja.

Claro que as informações extraídas devem se restringir ao gabinete pastoral e a tesouraria, mas é preciso analisar os gráficos dos dízimos, fazer o acompanhamento da evolução da receita de dízimos e ofertas, analisar o quadro anual de dizimistas, fazer a análise da regularidade mensal das entregas, jamais para cobrar, mas para acompanhar a saúde financeira dos mesmos.

Quando um dizimista regular apresenta falhas em sua devolução do dízimo pode ser um sinal, uma doença, uma dificuldade, uma fraqueza espiritual, essa pode ser uma ferramenta que o pastor pode lançar mão para tentar ajudar os irmãos em alguma dificuldade.

Controle Online de Dízimos

O Zeke é um sistema online de gestão de igrejas que conta com rotinas específicas para controle dos recebimentos de dízimos e ofertas.

Nesta ferramenta que também conta com app para o membro e para os dirigentes, o pastor pode acompanhar, de qualquer lugar com internet, a evolução dos dízimos e ofertas da sede e das congregações.

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