Com uma forte relação de dependência, a tesouraria e a igreja formam um elo que se cooperam mutuamente. A entidade dissemina o evangelho, a tesouraria dá o suporte financeiro.
Tesouraria é um substantivo feminino que o dicionário diz que é o lugar onde se guarda ou administra o tesouro, na verdade, o valor em dinheiro, de um banco, de uma empresa, de uma instituição. Esse é lugar onde se operam as transações monetárias.
A palavra tesouraria deriva de tesouro, que por sua vez vem do latim THESAURUS cujo significado é tesouro, acúmulo de coisas valiosas, e também do grego THESAUROS que significa lugar de guarda de bens, tesouro.
No Brasil, a constituição resguarda o direito dos templos de qualquer culto, proibindo os entes da federação de embaraçar-lhes o funcionamento. E, na mesma esteira assegura o livre exercícios dos cultos religiosos.
A constituição da república e as leis infraconstitucionais asseguram as igrejas a imunidade de impostos sobre seu patrimônio, sua renda e seus serviços.
Entretanto, para manter essa imunidade as igrejas têm que cumprir obrigações tributárias acessórias.
A Personalidade Jurídica da Igreja
A legislação infraconstitucional é clara ao observar que a imunidade concedida aos templos de qualquer culto não as exime das obrigações acessórias.
Quando nos referimos à igreja, duas coisas nos vêm à mente, a igreja enquanto associação, a sua parte física, o prédio, sua organização; e a igreja enquanto organismo vivo, quando trata das questões espirituais.
No artigo Metas Para a Igreja Crescer, damos uma dimensão melhor deste assunto, destacando o papel da igreja como organismo e como associação.
Neste sentido, ela dissemina a boa nova, pregando a salvação e trata das questões materiais, respectivamente.
A igreja no sentido de associação, aquilo que o nosso código civil denomina organização religiosa, é uma pessoa jurídica de direito privado.
E, como tal, tem deveres e obrigações, está sujeita à nossa legislação e as normas jurídicas, fiscais e contábeis.
As Obrigações da Igreja
O Código Tributário Nacional em seu artigo 113 fala sobre obrigações tributárias e acessórias.
A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, ou seja, as informações positivas ou negativas.
O Decreto 9.580/2018 que é o novo regulamento do Imposto de Renda em seu artigo 178 exara que a imunidade não desobriga as pessoas jurídicas das obrigações previstas neste regulamento.
Além disso, o parágrafo único do artigo 178 deixa bem claro que a imunidade que beneficia a pessoa jurídica não será aproveitada pelos que dela percebam rendimentos.
No âmbito fiscal a igreja, como pessoa jurídica, embora goze do instituto da imunidade, está obrigada a apresentar as declarações diversas ao fisco.
Na área contábil, como qualquer outra empresa, precisa manter a escrituração dos seus livros de forma a garantir, com exatidão, as suas movimentações financeiras.
Na área trabalhista e previdenciária a igreja não conta com nenhuma benesse, devendo arcar com todos os direitos trabalhistas dos seus colaboradores.
E essas questões que elencamos estabelecem o papel da tesouraria, registrar e controlar, de forma adequada, as receitas, as despesas e a formação do patrimônio da entidade.
A igreja é um coletivo de pessoas, são instituições cuja meta é compartilhada entre seus membros, por isso ela tem obrigação de dar transparência dos seus atos de gestão.
Quem tem que fazer cumprir as obrigações tributárias, fiscais e contábeis é o profissional da contabilidade.
Entretanto, é a partir do registro da movimentação financeira e patrimonial que são extraídas as informações que vão se constituir nas declarações ao fisco.
Qual O Papel da Tesouraria?
A tesouraria, na figura do seu tesoureiro, e dos colaboradores que trabalham no setor é onde se processa a movimentação financeira da entidade.
Sendo assim as receitas da igreja, que se constituem em dízimos e ofertas, devem ser devidamente registradas e controladas pela tesouraria.
Para cumprir com as suas finalidades as igrejas têm os seus custos tais como manutenção do prédio, água, luz, telefone, despesas administrativas, despesas eclesiásticas em geral.
Sem uma estrutura, sem um local adequado para suas celebrações, sem uma boa comunicação a igreja não sobrevive.
A igreja precisa estar preparada para receber seus membros, uma estrutura para reuniões, celebrações, aconselhamento, escola bíblica dominical, etc.
E esses custos são suportados com as receitas dos dízimos e as ofertas, algumas igrejas fazem campanhas, outras promovem festividades.
Essas ações têm o intuito de melhorar a arrecadação e ajudar a cobrir os gastos.
Além do Pagar e Receber
É importante passarmos a entender que a relevância da tesouraria vai além do pagar e receber contas. As dificuldades são comuns a maioria das igrejas, no fim do mês, os recursos mal dão para pagar as contas.
E é exatamente por isso, que o tesoureiro e a sua equipe precisam aprender a trabalhar com as ferramentas do planejamento.
Controlar as contas a pagar com eficiência, planejar os gastos e cortar aquilo que é desnecessário são passos importantes que a tesouraria precisa implementar.
É sempre bom ressaltar que igreja não é empresa, mas ela precisa de recursos financeiros para sobreviver e cumprir a sua missão de disseminar o evangelho.
Sendo assim, quanto melhor administrados os seus recursos, maior o alcance da igreja, mais almas ela salva, melhores os seus resultados na área espiritual.
Precisamos aprender a olhar com outros olhos a questão financeira e patrimonial da igreja; assim o bens que ela conquista e as despesas que ela realiza são para cumprir a sua finalidade de disseminar o evangelho.
Planejar, aproveitar melhor os recursos da igreja, tanto financeiros quanto humanos, faz com que a igreja alcance melhores resultados na seara espiritual.
Assim, compreendemos melhor a missão da tesouraria, pagar e receber é só uma das suas atribuições; entretanto, ela tem que ir além, seguir na busca de ferramentas, saberes e práticas que lhe de a capacidade de fazer mais com menos.
Tecnologia e Inovação
Quando pensamos em melhorar os nossos resultados não podemos dispensar o uso da tecnologia e da inovação.
Assim, é preciso entender a tecnologia e a inovação como nossos aliados, ferramentas que vão nos ajudar a performar melhor.
Hoje todo mundo tem um celular e alguns também contam com tablets, a grande maioria das pessoas tem internet em casa, computadores também.
Se é assim, por que não utilizar essa tecnologia para alcançar as novas almas que procuramos para lhes entregar a palavra de Cristo?
Conheça o Zeke uma aplicação que vai te ajudar a gerir melhor os recursos da tesouraria na igreja, controlar o seu contas a pagar e a registrar as suas receitas de dízimos e ofertas.