Na verdade, a afirmação deveria ser mais objetiva ainda – porque é tão necessário uma gestão financeira para igreja – antes mesmo da gestão financeira, e para explicarmos essa premissa, antes se faz necessário explicar ao leitor o que é gestão.
Templos e igrejas são instituições que não carregam consigo a finalidade do lucro, é aquilo que o nosso código civil conceitua como de “finalidade não econômica”.
Entretanto, isso não traz nenhuma restrição quanto a venda de produtos ou serviços ou ainda a promoção de arrecadar recursos para sua manutenção, sob qualquer forma legal.
Como sempre temos dito, igrejas, na sua essência, não são empresas, pela proibição absoluta de perseguir o lucro, entretanto, elas precisam sobreviver, tem as suas despesas próprias, precisam de recursos para sua manutenção e para exercer com excelência o seu ministério.
Neste artigo Metas para Igreja Crescer enfatizamos que a igreja, enquanto trata das questões espirituais é um organismo vivo e em relação a sociedade secular e aos governos é instituição.
Se pararmos para pensar, em qualquer dessas duas circunstâncias, a igreja não caminha sozinha, quem dá vida a igreja são seus membros no exercício de suas responsabilidades, seja na liderança ou nos serviços administrativos.
Uma empresa ou instituição pode ter o melhor produto ou serviço a oferecer, uma demanda excepcional e um mercado potencial para ser explorado.
Entretanto, se ela não conseguir manter a casa em ordem – empresa organizada – existe uma chance bem grande de, infelizmente, todos esses fatores positivos não determinarem o crescimento das suas atividades.
É justamente nesse cenário que entra uma importante aliada no sucesso dos empreendimentos, a gestão, seja ela financeira, de pessoas, de qualidade, administrativa ou geral, sem ela os elos do negócio não se ligam e a empresa ou instituição patina e não sai do lugar.
No Brasil estudos sérios demonstram que mais de 20% dos empreendimentos não sobrevivem ao primeiro ano e mais de 50% fecham as portas antes de completarem os cinco anos.
Obviamente que aqui estamos fazendo uma comparação, sempre dizemos que igrejas não são empresas mas a forma de gerir e as obrigações governamentais são as mesmas ou parecidas.
Por que a Gestão da Igreja é Importante?
Seguindo a nossa linha de raciocínio, quem torna a igreja viva são seus membros, quem define as diretrizes que serão seguidas pela instituição é a diretoria, na pessoa do Pastor Presidente e seus auxiliares.
Assim a entidade reflete a forma de administrar dos seus líderes, tanto nas questões culturais de organização quanto nas decisões cotidianas.
Desta forma, quando os processos são bem definidos e executados, a gestão desempenha um papel de extrema importância na instituição, garantindo que as rotinas necessárias a organização e definição dos papéis funcionem com excelência e além de ajudar no crescimento possam também identificar problemas e buscar diferenciais para atuação.
Para empresas ou para igrejas, a gestão tem o importante papel de definir os rumos do negócio analisando os dados coletados e as informações geradas ao longo do tempo, sendo por isso que ela é tão necessária e faz tanta diferença no resultado.
Os Benefícios da Gestão para Igrejas
Adotando a gestão na sua igreja como prioridade, sem sombra de dúvidas, você colherá resultados positivos em todas as esferas, seja na EBD, na tesouraria, na secretaria ou qualquer outro departamento.
Fazer gestão não é dar ordens e esperar seu cumprimento, é distribuir tarefas a pessoas com habilidades para cumpri-las.
Gestão também tem a ver com escolha das pessoas certas oferecendo-lhes ferramentas que possam auxiliá-los a cumprir sua missão, o bom gestor conhece todos os detalhes da entidade que administra e está sempre pronto a orientar a sua liderança.
Gestão Financeira para Igrejas
Agora que já conhecemos a importância da gestão na igreja, vamos focar na gestão financeira para responder o nosso questionamento do início do artigo.
É sempre bom lembrar que a igreja não tem finalidade lucrativa ou econômica, entretanto, ela precisa de recursos, dinheiro para manutenção das suas atividades, por isso é tão importante a gestão financeira.
Trabalhando com gestão financeira devemos avaliar fluxos, fazer análises e tomar decisões estratégicas que tem relação com a entrada de dízimos e ofertas, manutenção e administração dos valores que dão sustentação as atividades da igreja, simplificando:
Gestão financeira é delimitar um conjunto de medidas e procedimentos que tem a finalidade de maximizar o uso dos recursos da igreja, em suma, tentar fazer mais com menos.
E por falar nisso, você sabe como andam as finanças da sua igreja?
Qual departamento exige mais recursos para funcionar, quais meses do ano as receitas são maiores e em quais tem um decréscimo?
Existe um equilíbrio entre receita e despesa?
Você tem um cálculo da receita média por membro ativo? E despesa?
Pois bem, é muito comum nas igrejas que a maioria dos gestores não tenha respostas para todas essas perguntas, obviamente que devemos analisar vários fatores.
É importante que o Pastor Presidente tenha conhecimento destes indicadores, entretanto, a responsabilidade da execução das rotinas é de seus auxiliares diretos, secretário, tesoureiro, administrador, etc.
É neste contexto que o gestor precisa conhecer quais indicadores e quais controles precisam ser observados e estudados, a saber: o controle de caixa, a contribuição dos dizimistas, o controle de contas a pagar e a evolução das despesas ao longo do tempo.
Controle de Caixa
Além de ser uma obrigação legal, o controle de entradas e saídas da igreja pode estratificar, separar por grupo e por departamento as nossas receitas e despesas.
O que pode nos ajudar a montar um planejamento e acompanhar cada conta e ver onde se gasta mais e quais receitas podem ser melhoradas com estratégias internas.
Contribuição dos Dizimistas
O registro dos dízimos e das ofertas nos controles de caixa e bancos dá ao gestor a possibilidade de trabalhar com estatísticas e criar indicadores.
Igrejas que fazem o registro nominal podem conhecer melhor a devolução dos dízimos o que pode ser objeto de estudos, métricas e pode contribuir para a melhora dos resultados.
Controle de Contas a Pagar
Uma das métricas mais importantes no âmbito da gestão, seja de empresas ou de igrejas é saber quanto se deve e quando vence cada dívida.
Isso é fruto de um meticuloso trabalho de cadastro de fornecedores, registro de cada compra efetuada e o vencimento de cada duplicata.
Além é claro do controle que é necessário a igreja deve evitar contrair despesas maiores do que o seu fluxo de caixa e principalmente, jamais, pagar duplicatas em atraso, visto que os juros e a mora pelo atraso são muito caros.
Acompanhamento da Evolução das Despesas
Em qualquer área que uma instituição vá atuar, invariavelmente ela vai ter custos e despesas, a igreja precisa estar preparada para receber seus membros.
A meta da igreja é crescer como instituição e quanto mais membros ela agrega, mais seus custos e suas despesas aumentam.
Naturalmente as receitas também devem ser maiores, o que temos que acompanhar para que não ocorra é a situação de haver um desalinhamento entre receitas e despesas, ou seja, a despesa aumentar em porções maiores que as receitas.
Desta forma, não basta apenas saber o que é gestão financeira e quais as principais rotinas devem ser controladas, é preciso um trabalho efetivo.
Ter controle de todos os processos e garantir que as informações que temos para trabalhar são robustas, e isso dificilmente pode ser feito sem a ajuda de um sistema de gestão.
O Zeke é um sistema fácil de usar, intuitivo, tem um excelente controle de usuário e pode ser utilizado por qualquer igreja e contempla cada um dos tópicos que são necessários para uma boa gestão financeira.